Moça adota filhote de shih-tzu, mas ele cresce e fica muito diferente dos pais: 'Trocado na maternidade'
Por Ana Carolina Câmara em Cães
Quando Priscila Moraes comprou um filhote de shih-tzu, ouviu da vendedora a promessa confiante: “pode levar, é shih-tzu puro”.
A cachorrinha era pequena, de olhar meigo e pelagem fofa, impossível não se encantar.
Priscila, que há tempos sonhava em ter um pet de porte pequeno, se apaixonou à primeira vista e decidiu levá-la para casa, sem imaginar que aquele momento marcaria o início de uma das histórias mais doces e divertidas de sua vida.
Foi assim que Pipoca chegou, trazendo alegria, bagunça e um amor incondicional que conquistou o coração da nova tutora desde o primeiro dia.
Com o passar do tempo, porém, algo curioso aconteceu: a cachorrinha, que deveria ser uma shih-tzu pura, cresceu e ficou bem diferente do esperado.
Priscila, sempre bem-humorada, brinca dizendo que, na verdade, levou para casa uma “shih-tzu da Shopee”, já que a pequena Pipoca não tem nada de típico da raça, exceto a fofura de sobra.
Mas, para Priscila, isso não faz a menor diferença. O que realmente importa é o carinho, a alegria e a lealdade que Pipoca trouxe para sua vida.
Ela pode até não ser uma shih-tzu legítima, mas é, sem dúvida, a companheira mais autêntica e especial que alguém poderia ter.
“Shih-tzu da Shopee”
Logo depois de ver a foto de Pipoca, Priscila pediu à vendedora imagens dos pais da filhote e recebeu fotos de dois lindos shih-tzus, com pelos longos, rostos arredondados e aquele jeitinho característico da raça, além de uma foto do irmãozinho da ninhada.
"Quando ela me mandou a foto do irmão peludo e da Pipoca sem pelo, eu perguntei o motivo. Ela disse que o veterinário havia falado que o pelo caía mesmo, mas iria crescer de novo", contou Priscila. "Eu acreditei nisso. Mas depois, a orelha ficou em pé (risos). Eu nunca nem pesquisei sobre shih-tzu, nem cheguei a ver filhotinhos da raça. Mas tudo bem, desde que ela não crescesse tanto, estava ótimo".
Tudo parecia legítimo, e não havia motivo para desconfiar.
Encantada com a aparência dos supostos pais, Priscila ficou ainda mais animada. A curiosidade e o entusiasmo foram tantos que ela decidiu visitar pessoalmente os cães para ter certeza de que tudo estava certo.
Ao chegar, encontrou dois shih-tzus adultos, dóceis e bem cuidados, exatamente como nas fotos enviadas. Junto deles, estavam Pipoca e seu irmão.
Foi então que, ao ver os cães pessoalmente, Priscila percebeu que a mãezinha não era tão pura assim, mas, como já tinha se apegado à filhote e tudo indicava que ela seria de porte pequeno, decidiu não desistir da compra.
Priscila aguardou o período de desmame e, assim que chegou o momento certo, foi buscar a filhote.
O tempo passou, e aquela filhotinha barrigudinha, cheirando a leite, cresceu e ficou bem diferente dos pais que haviam sido mostrados nas fotos.
Surpresa com a mudança drástica, Priscila entrou em contato com a vendedora para entender o que havia acontecido.
Foi então que ouviu uma resposta inesperada: a mulher perguntou se ela queria o dinheiro de volta ou preferia trocar pelo irmãzinho da ninhada. Priscila, claro, respondeu: “Como deixar nossa Pipoquinha?”
Priscila perguntou ao veterinário sobre a raça de Pipoca, curiosa para entender por que ela havia ficado tão diferente do irmão.
O profissional analisou as características da cachorrinha e explicou que isso poderia estar relacionado à herança genética.
Segundo ele, é possível que Pipoca tenha puxado traços de gerações anteriores, herdando características de algum antepassado distante, o que justificaria suas diferenças físicas.
Repercutiu
Priscila compartilhou um vídeo em seu perfil no TikTok, @priscilasmoraes2, no dia 19 de outubro, mostrando a evolução de Pipoca — desde as fotos de quando era filhote até sua fase adulta, além das imagens dos supostos pais e do irmão.
O vídeo rapidamente conquistou o público, acumulando milhares de visualizações e centenas de comentários cheios de carinho e bom humor.
Entre as mensagens mais populares, um internauta escreveu:
“Oh mulher, o importante é que ela tem saúde e é muito amada por você. Ela é linda! Eu também tenho um shih-tzu, é o meu grudinho.”
Outro brincou:
“Meu pincher parece um lobo-guará! Kkkkk As irmãzinhas da mesma cria são minúsculas, e o veterinário disse que é falha genética. Todo mundo ri do meu pincher, ele já fez um ano e ainda tem carinha de bebê e orelhas caídas.”
E, claro, não faltaram elogios à protagonista:
“Mas ela é lindinha demais!”
Assista:
Alguns internautas questionaram o fato de Priscila ter comprado Pipoca de um canil clandestino, o que levantou um importante alerta sobre o tema.
Esses criadouros, muitas vezes, funcionam sem estrutura adequada, sem acompanhamento veterinário e com pouco ou nenhum cuidado com o bem-estar dos animais, priorizando apenas o lucro.
O debate serviu como reflexão coletiva sobre os riscos de apoiar esse tipo de comércio, que pode resultar em filhotes doentes, cruzamentos irresponsáveis e até casos de maus-tratos.
A situação reforça a importância de pesquisar a procedência antes de adquirir um pet, verificar se o criador é registrado e, sempre que possível, optar pela adoção, garantindo que o amor venha acompanhado de consciência e responsabilidade.
Mas, segundo Priscila, a história foi bem diferente do que muitos imaginaram:
“Gente, eu não comprei de criação clandestina, foi um valor simbólico. Foi a primeira cria da cachorrinha deles, e não teriam condições de ficar com ela e cuidar direitinho como cuidam dos pais. Como eu estava querendo um cachorro que não crescesse muito, porque não tenho espaço, fiquei com ela. Ela me mandava fotos desde que nasceu, peguei após o desmame. Mesmo assim, já sabia que não era pura, porque estava totalmente diferente do irmão. Mas já estava apegada a ela, então peguei assim mesmo. Tomara que não cresça tanto.”
Veja mais dessa fofura:
No fim, Pipoca prova que o verdadeiro valor não está na raça, mas no amor e na cumplicidade que um pet traz para a vida de quem o acolhe. Ela mostra que a beleza está na conexão e na alegria compartilhada no dia a dia.
E você, já passou por algo parecido? Acreditou estar levando para casa um pet de determinada raça e acabou se surpreendendo?
Essas histórias são mais comuns do que parecem e reforçam uma verdade simples: o amor entre tutor e animal não depende de pedigree, mas de afeto, cuidado e lealdade.
Redatora e apresentadora do Canal Amo Meu Pet.
Com formação em Design de Produtos e especialização em Design de Interiores pela Universidade de Passo Fundo, a Ana encontrou sua verdadeira paixão ao unir criatividade, comunicação e o amor pelos animais.
Apaixonada por contar histórias que tocam o coração, ela estudou Escrita Criativa com o escritor Samer Agi e participa do programa JournalismAI Discovery, organizado pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Iniciativa de Notícias do Google, buscando se aprofundar no universo digital.
Hoje, dedica-se a produção de conteúdos que informam, emocionam, conscientizam e arrancam sorrisos.








