Após passar a vida inteira acorrentado, chihuahua minúsculo é resgatado e ganha uma vida cheia de mimos e amor

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A vida de um pequeno cão chamado Chico começou sem esperança. Durante os primeiros três ou quatro anos de sua existência, ele não conheceu nada além da terra batida, do frio e de uma corrente pesada.

Sua história, que parecia destinada à tragédia em um canto rural da Carolina do Norte, EUA, encontrou uma reviravolta graças à persistência de uma equipe de resgate.

Chico é uma mistura de chihuahua, um cão tão pequeno que sua vulnerabilidade é evidente. Ele vivia amarrado do lado de fora, 24 horas por dia, sete dias por semana.

Sua vida era uma espera constante em um quintal, independentemente do clima. Quando os protetores da PETA o encontraram pela primeira vez, a cena era desoladora.

Ele era um animal muito tímido, encolhido e desconfiado de qualquer aproximação. Seu corpo minúsculo estava infestado. Ele estava coberto de carrapatos. A equipe de resgate sabia que a situação era urgente.

O primeiro passo em casos de negligência nem sempre é a apreensão. É o diálogo. Os membros da PETA abordaram os proprietários de Chico e pediram que o cachorro fosse levado para dentro de casa, que se tornasse parte da família.

Como alternativa, eles se ofereceram para levar Chico e encontrar um lar adequado para ele, porém a resposta foi um golpe para a equipe. Os donos recusaram.

Em muitas jurisdições, esta recusa tornaria as coisas difíceis. Mas na Carolina do Norte, a situação de Chico era ainda mais precária, como explicou Rachel Bellis, da PETA, no vídeo de Geobeats, o condado onde Chico viveu tem um problema legal.

Não existe uma lei local que defina claramente o que constitui "abrigo adequado" ou "cuidados adequados".

Essa lacuna na legislação amarra as mãos do controle de animais. Sem uma definição legal clara do que é negligência, cães como Chico podem sofrer à vista de todos, e a intervenção oficial torna-se quase impossível.

Apesar disso os protetores não desistiram e se não podiam levá-lo, fariam o possível para melhorar sua vida ali.

Eles agiram dentro dos limites permitidos dando a Chico uma coleira nova e mais segura e também forneceram medicamentos essenciais contra pulgas e carrapatos.

A equipe fez um compromisso de que voltariam e visitariam Chico o máximo que pudessem.

Então, o pior medo da equipe se concretizou, em uma de suas visitas de rotina, Chico não estava lá… ele havia desaparecido.

A equipe ficou extremamente preocupada pois cães nessas situações são frequentemente transferidos entre familiares ou amigos, muitas vezes para evitar uma possível denúncia.

Os meses se passaram e a preocupação da equipe crescia, mas eles não pararam de procurá-lo na região. Com dedicação e paciência o encontraram.

Chico estava no mesmo condado mas a alegria do reencontro foi imediatamente ofuscada pela cena que encontraram.

A condição de Chico havia piorado drasticamente seus ossos eram visíveis sob a pele fina e ele estava novamente acorrentado, mas desta vez, a corrente estava presa a um trampolim velho no quintal.

Perto dali, havia uma pequena casinha de plástico para cães, um abrigo inadequado para um animal de seu tamanho, especialmente considerando que havia outros cães maiores na propriedade, o cãozinho estava aterrorizado.

O estado físico de Chico era tão grave que a negligência era inegável que a equipe da PETA sentiu que, com base em sua condição corporal, eles poderiam finalmente envolver as autoridades policiais.

Mas não foi preciso, diante da evidência clara do sofrimento do animal e da persistência dos socorristas, os proprietários tomaram uma decisão e concordaram em entregá-lo.

Para o cão, esse foi o primeiro dia de sua nova vida, a equipe o pegou no colo e o carregou direto para a van de resgate, seu corpo frágil finalmente a caminho da segurança.

Ele foi levado diretamente para o abrigo da PETA, mas ele não conhecia o mundo e Chico estava compreensivelmente sobrecarregado.

Demorou um pouco para ele se acostumar com os humanos. A gentileza era uma linguagem nova, mas, como notou a voluntária, ainda havia "muita esperança em seus olhos".

Após alguns dias no abrigo, recebendo cuidados veterinários e alimentação regular, ele começou a sentir que estava em boas mãos. A verdadeira transformação começou quando ele foi colocado em um lar adotivo temporário.

Longe do barulho do abrigo, Chico começou a ser um cão normal, ele ganhou o peso necessário.

Mais importante, ele começou a ficar mais confortável perto dos humanos e aprendeu o que era um toque gentil, o que era uma cama macia e o que era brincar.

O processo de reabilitação foi um sucesso e Chico estava pronto para o capítulo final e mais importante de sua jornada. A PETA conseguiu encontrar para ele um lar amoroso e permanente.

Felizmente Chico agora está cercado por brinquedos e descansa em camas fofas. Ele pode brincar livremente dentro de casa. Acima de tudo, ele é amado.

Assista:

O chihuahua não foi o único a ser resgatado nessas condições. Em julho deste ano contamos aqui no Amo Meu Pet a história de Marie.

Ela vivia em estado esquelético de fome sendo usada como "cão de guarda" em uma propriedade, mas teve sua vida transformada após um resgate emocionante.

Imagens feitas pelos socorristas mostram a cadela extremamente magra, com ossos aparentes. Para resgatá-la, a equipe usou ração para ganhar sua confiança. Vencendo a desconfiança pela fome, Marie começou a comer na mão dos socorristas.

Logo após o primeiro contato, ela pareceu entender que estava sendo ajudada e entrou voluntariamente em uma caixa de transporte.

Marie foi levada para um lugar seguro, onde iniciou sua jornada de recuperação. Com alimentação adequada e cuidados, ela rapidamente ganhou peso e recuperou sua saúde. Hoje, vive cercada de amor com sua nova família.

A história foi contada pelo portal The Dodo em 14 de julho e viralizou, ultrapassando 3 milhões de visualizações.

Confira o vídeo abaixo:

Beatriz é jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo, com especialização em Escrita Criativa e Editoração pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera. Apaixonada por narrativas envolventes e pelo universo pet, ela também possui certificação em Storytelling para Marketing Digital pela Santander Open Academy, o que complementa sua habilidade de transformar histórias reais em conteúdos informativos e inspiradores. Dedica-se à produção de reportagens que valorizam a convivência ética e afetiva entre humanos e animais de estimação, promovendo empatia, informação de qualidade e o respeito aos animais.