Chihuahua idoso é esquecido no quintal após mudança, mas história muda após família dos sonhos aparecer

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em Aqueça o coração

Depois de ser esquecido no quintal quando sua antiga família se mudou, um chihuahua idoso chamado Tatey teve o destino completamente transformado.

“Um vizinho o encontrou e o levou para um abrigo”, contou sua nova tutora ao canal GeoBeats Animals. “Fizemos um encontro com ele e, depois, um processo de adoção com período de adaptação.”

Desde então, aquele cãozinho minúsculo, de pouco mais de um quilo, se tornou o rei da casa.

“Sinceramente, eu não entendo como alguém pode deixar um cachorrinho desses do lado de fora. Até um gavião poderia tê-lo levado! Acho que ele nem conseguiria ganhar uma briga com um esquilo, mas aqui em casa ele é o chefe.”

Pequeno no tamanho, gigante na personalidade

Tatey é o típico chihuahua: destemido, cheio de atitude e dono de uma personalidade que parece ocupar muito mais espaço do que seu corpo minúsculo.

“Ele não tem medo de nada. No feriado de 4 de julho, por exemplo, ele late para os fogos de artifício. Também não tem medo de ir ao veterinário.”

Apesar da coragem, o pequeno é um tanto genioso. “Fica bem bravo se você toca em algum lugar que ele não gosta. Respeitamos muito o espaço corporal dele. Ele sempre avisa quando está confortável ou não.”

A tutora explica que conquistar sua confiança foi um processo demorado:

“Levou meses para mim e, eu diria, anos para o meu marido, até ele aceitar ser pego no colo.”

Hoje, Tatey vive cercado de amor e respeito. Mas seu corpo ainda carrega as marcas de um passado difícil.

Quando foi adotado, tinha apenas dois dentes, e um deles estava preso por um fiozinho de tecido.

“Tivemos que remover os dois, e ele já tinha passado por tanta doença periodontal que as bactérias corroeram parte do osso da mandíbula.”

As orelhas também guardam cicatrizes: “Elas estão todas mordiscadas nas bordas — isso é resultado de picadas de moscas. Agora ele tem catarata, e um dos olhos está completamente cego.”

Mesmo com os desafios da idade, Tatey segue firme e cheio de energia.

Um velhinho com muita opinião

Tatey adora sair de casa, mas não pelo motivo que muitos imaginam.

“Não é pelo exercício. Ele acha que é tipo um buffet. Adora comer terra e minhocas”, ri a tutora.

O chihuahua também é um comunicador que sempre late quando quer alguma coisa.

“Se alguém toca a campainha, ele nem liga, mas se você tiver um petisco, aí ele late na hora.”

E, como todo bom senhor idoso, ele tem suas manias.

“Ele adora gente nova, é super simpático com desconhecidos. Todos podem fazer carinho nele. Mas, depois que ele te conhece de verdade, é aí que ele fica menos bonzinho.”

Apesar de tudo, é impossível não se apaixonar por ele.

Veja o vídeo sobre Tatey, publicado pelo GeoBeats:

Sobre a raça

Segundo o American Kennel Club (AKC), o Chihuahua é encantador, gracioso e atrevido, uma raça com “personalidade de cão grande em um corpo minúsculo”.

Símbolo nacional do México, é uma das raças mais antigas das Américas, com uma linhagem que remonta aos antigos reinos pré-colombianos.

Compacto, equilibrado e confiante, o Chihuahua pesa no máximo 2,7 kg e tem como marca registrada a cabeça em formato de maçã. Sua pelagem pode ser curta ou longa, com uma enorme variedade de cores e padrões.

Apesar de adoráveis e dóceis, esses cãezinhos têm um temperamento marcante. O AKC os descreve como inteligentes e determinados. Por isso, o adestramento positivo e consistente é essencial desde filhote.

Mesmo sendo ideais para apartamentos e espaços pequenos, precisam de caminhadas curtas e momentos de brincadeira para se manterem ativos e saudáveis.

No entanto, é preciso cuidado com o frio e com brincadeiras muito intensas, já que seu corpo delicado não suporta impactos.

O Chihuahua é extremamente leal e cria laços profundos com seus donos. Também é conhecido por ser alerta e corajoso.

Larissa é jornalista e escreve para o Amo Meu Pet desde 2023. Mora no Rio Grande do Sul, tem hobbies intermináveis e acha que todos os animais são fofos e abraçáveis. Ela se formou em Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e é “mãe” de duas gatas.