Dentista abandona profissão após morte do seu cão e vira fotógrafa especializada em pets

Por
em Notícias

Há cerca de quatro anos, a então dentista Fahimi Ganimi decidiu largar a carreira na odontologia para se tornar uma fotógrafa especializada em animais de estimação.

A guinada em sua vida ocorreu após a morte de seu querido cãozinho Luke, da raça poodle toy. Devastada pela perda, Fahimi, que já estava afastada do consultório há dois anos para cuidar do filhote, decidiu por abandonar definitivamente a profissão.

O motorzinho ‘tira-cáries’ cedeu lugar a uma câmera fotográfica de última geração, que a brasileira de 33 anos tem utilizado para eternizar a beleza e a espontaneidade dos animais.

Fahimi conta que ainda não se sente pronta para ter outro cão em casa, mas vive rodeada deles - e de gatos, claro, no ‘Pet no Ar’, seu espaço de trabalho no Largo da Segunda-Feira, na Barra da Tijuca (RJ).

“Eu cursei Odontologia, mas ser dentista nunca foi uma vocação. Durante sete anos, eu me dividia entre dois consultórios e uma clínica, mas aquilo não me dava prazer algum. Com o passar do tempo, essa insatisfação só aumentou. Quando Luke ficou doente (o pet teve um grave problema endocrinológico), a veterinária me falou que ele teria poucos dias de vida e que precisaria de cuidados em tempo integral”, disse a ex-dentista.

“Imediatamente, parei a minha vida profissional para cuidar do meu filho, que se foi dois anos depois do diagnóstico. Não quis retomar o trabalho para fazer algo que não me deixava feliz. Como gostava de fotografar animais, fui atrás de transformar essa paixão em trabalho”, contou.

Ela conta como se embrenhou no mundo da fotografia. “Criei a minha técnica de fotografar pets a partir do aprendizado que tive nas aulas de como fazer imagens de crianças, velocistas e pessoas em movimento. Acabei virando professora. Montei um workshop para ensinar como clicar animais”, diz.

Para Fahimi, fazer ensaios com pets é para os ‘fotógrafos fortes e talentosos’. Na profissão, o que não falta não desafios.

“O grau de dificuldade é similar ao de fotografar uma criança pequena, mas com o agravante de que 90% dos clientes não são adestrados. Um dos segredos para controlar a agitação deles é alimentá-los e levá-los para passear antes do ensaio. Fazendo isso, os animais chegam no estúdio mais relaxados. Não é fácil conseguir o clique perfeito, mas amo tanto o que faço que só fotografo pets”, frisa.

Por fim, ela resume: “É cedo para conquistar a estabilidade financeira que tinha com a Odontologia, mas vou chegar lá!”.

Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.