Verão e gatos: uma combinação que exige cuidados especiais

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Segundo Vanessa Zimbres, médica veterinária especializada em Medicina Felina, coisas que, normalmente, refrescam humanos, irão beneficiar também os gatos; ambientes bem ventilados, gelo e toalha molhada são algumas dicas a serem adotadas.

Engana-se quem pensa que os gatos não sentem calor e também não passam mal com as altas temperaturas, típicas desta época do ano. O verão, para eles, pode ser sinônimo de problemas de saúde, desidratação, insolação e até desmaios. É muito comum os tutores se perguntarem: “Gato sente calor?”. Sim, sentem e sentem muito, e é fundamental se atentar a determinados comportamentos, que podem indicar que algo não vai nada bem, e adotar cuidados especiais para manter os pets confortáveis – e saudáveis – durante os meses mais quentes.

“Os gatos se comportam de uma maneira mais sutil, diferente dos cães, mas também sofrem com o calor. Para aliviar, eles tendem a se lamber com mais frequência. Essa é uma tática dos felinos para ajudar a resfriar o corpo”, exemplifica Vanessa Zimbres, médica veterinária especializada em Medicina Felina, proprietária da clínica Gato É Gente Boa, a primeira do interior paulista a obter o selo Cat Friendly Practice Gold.

Inquietude, respiração acelerada e salivação intensa também são sinais claros, segundo a especialista, de que o calor já está incomodando e de que os gatinhos precisam de um ambiente mais fresco e arejado.

“Tudo o que fazemos para nos refrescar, também irá beneficiar os gatos. É muito importante reconhecer estes sinais para não comprometer a saúde dos pets”, alerta a veterinária.

Pequenas mudanças para refrescar

Não basta, apenas, observar o comportamento, é preciso agir. E, para isso, Vanessa elenca algumas dicas para manter os gatos bem fresquinhos em climas muito quentes.

Hidratação: certifique-se de que o gato tem bastante água – e fresca. Vale colocar cubos de gelo nos bebedouros e disponibilizar vários potes pela casa.

Toalhas úmidas: barriga, ponta das patas e axilas são três das várias partes quentes do corpo do gato. Embora a maioria não goste de se molhar, a médica veterinária sugere umedecer uma toalha e acariciá-lo suavemente da cabeça até as costas.

“Isso vai ajudar não só a refrescar, mas a relaxar o gato. Se ele se sentir incomodado, tente escovar os pelos”, orienta.

Ambientes: abra as janelas, mas feche as cortinas para evitar a entrada direta do sol. Ligue o ventilador ou o ar condicionado em uma temperatura razoável. Nas áreas externas, se não tiver partes com sombra, vale fazer cabanas com pano ou caixas de papelão.

Banho de sol: os gatos amam esse momento, mas não sabem a hora de sair.

“O ideal é que eles não se exponham entre 10 e 16 horas, que é quando o sol está mais forte e a temperatura mais alta. Se isso acontecer, restrinja a área neste período”, conclui Vanessa Zimbres.

Médica Veterinária graduada pela Universidade Federal de Uberlândia. Especializada em Medicina Felina, pela Universidade Anhembi Morumbi, e em Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos, pelo Instituto Qualittas. Sócia-proprietária da Clínica de Medicina Felina Gato é Gente Boa em Itu (SP).